Ações do governo, como o corte percentual nos juros básicos, afetam diretamente o setor imobiliário. A renda mínima para financiar um imóvel, por exemplo, cai de 6 a 8%. Já a queda de um ponto percentual na Selic faz com que 1 milhão de famílias se tornem aptas a conseguir financiamento imobiliário de até R$ 200 mil.

Em 2017, os juros básicos caíram de 13% para 7% ao ano. A redução, portanto, tem potencial para incluir 6 milhões de famílias no mercado imobiliário brasileiro.

Diante desses números, não seria exagero afirmar que, para destravar o setor, juros baixos são mais importantes do que aumento de salário. O raciocínio vale especialmente para os compradores de baixa renda, que respondem por 70% dos negócios. Para o fim de 2018, analistas projetam a Selic a 6,75% – mais trabalhadores, portanto, poderão sonhar com a casa própria.

Ainda que o setor tenha vivido um período sombrio nos últimos anos, com os fundamentos econômicos em ordem, a tendência é o setor virar o jogo já em 2018 e chegar a 2019 em situação bem mais confortável. Entidades, empresários e especialistas apontam diversos fatores para a retomada. A taxa de juros caiu. A poupança voltou. O estoque de imóveis está cada vez menor. A renda aumentou. A confiança dos empresários atingiu o nível mais alto em 3 anos. Se o governo fizer a sua parte, há razões de sobra para a acreditar em um futuro repleto de bons negócios.

O principal ponto é destravar o crédito na CAIXA, afetado pelas novas regras de Basileia, um acordo internacional que endurece os requisitos para a liberação de empréstimos. Nessa área, o governo já está se mexendo. No segundo dia do ano, o banco informou que vai ampliar de 50% para 70% a cota do financiamento de imóveis usados.

Portanto, se você está pensando em investir em um novo imóvel em 2018, o momento é bastante propício.

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