A valorização imobiliária é o aumento do seu valor ao longo do tempo. Segundo o índice FipeZap, o valor médio do metro quadrado de imóveis residenciais no Brasil subiu cerca de 86% entre 2008 e 2018. Mas afinal, o que valoriza um imóvel?
Isso acontece por conta de uma série de fatores como localização, demanda e infraestrutura local. Entender melhor como esse incremento nos preços funciona é excelente para quem é proprietário de imóveis e busca investir neste mercado. Entenda melhor como essa variação funciona. Boa leitura.
O que valoriza um imóvel?
O que valoriza um imóvel está ligado ao que contribui diretamente para facilitar a vida do morador. Por ser um aumento recorrente, ele é bastante vantajoso para investidores e proprietários. Saiba quais são os principais fatores:
1. Localização
A localização é um fator crucial para determinar a valorização do seu imóvel. Isso porque, se o bairro cumprir alguns requisitos como estar perto do centro, oferecer uma boa variedade de serviços e comércio, além de ter uma mobilidade mais fluída, os imóveis da região serão facilmente mais bem avaliados.
Um exemplo prático está no preço do metro quadrado médio em Curitiba, que segundo o Índice FipeZap de março de 2023, ultrapassa a marca de 6 mil reais. No entanto, quando vemos esse valor individualmente podemos notar que há uma grande discrepância:
maior valor: bairro Batel, custando R$ 9.856,00;
menor valor: Tatuquara, custando em média R$ 3.044,00.
2. Planta do imóvel
Um estudo da plataforma Loft realizado em 2020 analisou mais de 16 mil anúncios de apartamentos na cidade de São Paulo e concluiu que imóveis que possuem três dormitórios e suítes, por exemplo, são até 10% mais valorizados que outros.
Isso porque a planta influencia diretamente em fatores como a distribuição dos cômodos, iluminação e ventilação natural, além da presença de áreas externas como áreas privativas ou varandas.
É importante ressaltar como esse conjunto de características favorece o conforto e experiência do morador no espaço, justificando o aumento dos preços.
3. Estado de Conservação
Imagine que você está entrando em um imóvel para a primeira visita e encontra fios expostos, rachaduras e infiltrações. É bem possível que a probabilidade de você fechar negócio caia drasticamente, ou que você peça um grande desconto, não é mesmo?
Isso acontece porque geralmente imóveis sem esse tipo de problema aparente e em um bom estado de conservação costumam apresentar menos problemas estruturais. Isso gera uma aparência mais agradável e faz com que sua valorização seja superior.
4. Materiais usados no acabamento
Um estudo realizado pela consultoria imobiliária Cushman & Wakefield revela que a escolha de materiais de qualidade para o acabamento dos imóveis pode resultar em uma valorização de até 15% no seu valor de mercado. Isso porque esse tipo de material, além de agregar um valor estético, costuma se desgastar menos, reduzindo a necessidade de manutenções ou reposições.
Os materiais utilizados podem ser:
pisos de madeira maciça;
metais nobres;
pedras naturais;
porcelanatos de alta qualidade;
acabamentos em gesso.
5. Acessibilidade
A acessibilidade é um fator que vem se tornando cada vez mais considerado na hora da compra de um imóvel. A presença de rampas de acesso, banheiros adaptados, portas com largura suficiente para uma cadeira de rodas, facilitam a mobilidade e promovem inclusão.
Um estudo sobre o tema, desenvolvido pelo Sindicato da Habitação de São Paulo (Secovi-SP) revela que a acessibilidade pode agregar até 20% do valor de um imóvel, já que é possível atrair uma variedade maior de compradores, como idosos, pessoas com deficiência e famílias com crianças pequenas.
Agora que você já entendeu o que valoriza um imóvel, que tal começar a lucrar com a sua casa, apartamento ou imóvel comercial? Segundo um estudo da Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (ABRAINC), esse processo pode levar até 16 meses entre o anúncio e o negócio fechado. Por isso, saiba também como vender um imóvel mais rápido.